Talvez fosse apenas dos nossos punhos aos dedos entrelaçados;
Mas dentro do meu bolso de moletom, era o nosso segredo.
Um lugar aonde podia te abraçar, me aquecer, ou simplesmente sentir.
Meu anular passava entre seus músculos interósseos dorsais;
Como se tivesse passando minha mão em sua nuca.
Meu auricular espremia-se entre o seu anular e auricular;
Tentando escorregar até a palma, tentando fugir do desejo.
Seu dedo médio passava entre o tendão do palmar longo;
Onde me estremecia, arrepiava. Como se unhas passassem em minhas costas.
Em término de desejos incontroláveis, meus dedos prendiam aos seus;
Numa força absurda, um desejo absurdo.
Minha vontade era de parar naquela rua, naquela esquina, e sufocar-te de beijos.
Com ósculos longos e demorados...
Mas fiquei no desejo, somente minhas mãos responderam .
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